A avaliação do bruxismo é fundamental para diagnosticar e tratar essa condição, que envolve o ato de ranger ou apertar os dentes de forma involuntária, especialmente durante o sono, mas também pode ocorrer durante o dia. O bruxismo pode causar uma série de problemas, como desgaste dentário, dores musculares, disfunção temporomandibular (DTM) e dores de cabeça. A avaliação completa inclui anamnese detalhada, exames clínicos e, quando necessário, exames complementares.
Curiosidade:
O bruxismo funciona como mecanismo natural de alívio do estresse:
Tensão muscular e estresse:
O estresse provoca a ativação do sistema nervoso simpático, responsável pelas reações de “luta ou fuga”. Quando uma pessoa está sob estresse, há aumento da tensão muscular, incluindo os músculos da face e da mandíbula.
Durante o sono ou mesmo ao longo do dia, essa tensão pode se manifestar como apertamento ou ranger de dentes, sendo uma forma inconsciente de “descarregar” a energia acumulada.
Descarga de energia e ansiedade:
Em muitos indivíduos, o bruxismo é uma resposta ao acúmulo de ansiedade e emoções não expressas. Apertar ou ranger os dentes pode ser uma maneira inconsciente de liberar essa tensão emocional.
Da mesma forma que algumas pessoas roem unhas, balançam pernas ou têm tiques nervosos, o bruxismo pode ser uma estratégia corporal para aliviar o desconforto psicológico.
Conexão com distúrbios do sono:
Em situações de estresse, o sono tende a ser mais superficial, interrompido e menos reparador. O bruxismo, especialmente o noturno, está frequentemente associado a esses padrões de sono irregulares, como uma maneira do corpo tentar processar o estresse acumulado ao longo do dia.
O sono REM (associado a sonhos e processamento emocional) é quando os episódios de bruxismo noturno costumam ocorrer com mais frequência. Nessa fase, o cérebro está mais ativo, processando emoções e experiências, o que pode contribuir para o ranger dos dentes.